
Este Blog pretende dar a conhecer um conjunto de sítios arqueológicos visitáveis em Portugal, para o período cronológico da Idade do Ferro (VII - I a.C.)
domingo, 27 de outubro de 2013
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Breve bibliografia disponível online.
Idade do Ferro em Portugal
SILVA, A. (1986) - Cultura Castreja
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/3630.pdf
GOMES, M. V. (1990) - O Oriente no Ocidente. Testemunhos Iconograficos na Proto-História do Sul de Portugal, Smiting Gods ou Deuses Ameaçadores
http://www.academia.edu/591431/O_Oriente_no_Ocidente._Testemunhos_iconograficos_na_Proto-Historia_do_Sul_de_Portugal_smiting_gods_ou_deuses_ameacadores
QUESADA SANZ (1991) - En torno al origen y procedencia de la falcata iberica
http://www.academia.edu/729251/_On_the_origin_of_the_falcata_iberica_machaira_sv_kopis_Lorigine_de_la_falcata_iberique_in_Spanish_En_torno_al_origen_y_procedencia_de_la_falcata_iberica_
BERROCAL-RANGEL, (1992) - The Celts of the Soutwestern Iberian Peninsula
The Celts of the Southwestern Iberian Peninsula
A Idade do Ferro pós-orientalizante no baixo alentejo
VILAçA, R. (2003) A tapada das Argolas, Capinha, Fundão.
http://www.academia.edu/3125558/A_Tapada_das_Argolas_Capinha_Fundao_novos_contributos_para_o_seu_conhecimento
GAMITO, TERESA (2005) - The Celts in Portugal
http://www4.uwm.edu/celtic/ekeltoi/volumes/vol6/6_11/gamito_6_11.html
FABIÃO, C. - O Mundo indígena, romanos e sociedade provincial romana. Sobre a percepção arqueologica da mudança (Carlos Fabião)
http://www.academia.edu/1922686/Mundo_indigena_romanos_e_sociedade_provincial_romana_Sobre_a_percepcao_arqueologica_da_mudanca
OLIVEIRA, Carlos Filipe Pereira de (2007) - A cerâmica manual do Castelo de Castro Marim: século IX a III a.n.e.
http://repositorio.ul.pt/handle/10451/7773
http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/393/1/17322_ArtefactosMet00E1licosdoCastelodeCastroMarimVOLI.pdf
GOMES, Esmeralda. (2008) Os ex-votos proto-históricos do Castelo de Alcácer do Sal
http://repositorio.ul.pt/handle/10451/488
A propósito dos conceitos de Lusitano e Lusitânia
TRISTÃO, L. (2012) - Armas e Ritos na II Idade do Ferro do Ocidente Peninsular
http://unl-pt.academia.edu/LeandroTrist%C3%A3o/Papers/1837421/Armas_e_Ritos_na_II_Idade_do_Ferro_do_Ocidente_Peninsular
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Castro do Monte Padrão. St. Tirso
Tipo de Sítio – Povoado Fortificado
Cronologia – Bronze Final, Idade do Ferro, Romano, Idade Média
Localização – St. Tirso. Porto.
Acessos – a partir de Santo Tirso, pela estrada nº 104 (Santo Tirso – Guimarães), devendo de seguida tomar-se a estrada nº 319, no sentido de Paços de Ferreira. No
percurso encontrar-se-ão placas indicadoras da estação arqueológica.
Descrição - De várias edificações de planta circular, algumas com vestíbulo, este Castro é também composto por três linhas de muralhas.
Neste povoado é bem visível a sobreposição ocupacional ao longo dos séculos, quer a nível do espólio resultante das escavações e observável no centro interpretativo, como também pelas diferentes características das estruturas hoje visíveis. Algumas com particularidades romanas.
Da ocupação da Idade do Ferro e Romana foram descobertos diversos exemplares de cerâmica comum, tanto autóctone como de importação romana, ânforas, vidros, tegula, imbrex, contas de colar executadas em pasta vítrea, lucernas e fíbulas, para além de alguns elementos de adorno realizados em bronze, diversos artefactos em ferro, cossoiros, mós manuais, moedas e escórias, estas últimas a atestar a provável actividade metalúrgica no povoado.
Durante a época medieval instalou-se no local um mosteiro ligado ao de Celanova (Orense) e que esteve activo até à Idade Moderna.
Deste período é também visível uma necrópole de inumação composta por sepulcros sub-rectangulares delineados com lajes graníticas.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Espada de antenas tipo Alcácer do Sal
Composta por lâmina de
dois gumes tem na área central, conjunto de estrias (linhas verticais), centradas
entre duas caneluras. O punho composto por espiga, com enchimento metálico na
zona central, apresenta secção poligonal. No topo do punho encontram-se as antenas,
peça fundamental que deu origem ao nome da arma.
A necrópole do
Olival do Senhor dos Mártires, em Alcácer do Sal, representa, no actual território
Português o local com maior incidência de espadas e punhais de antenas.

O princípio
construtivo de antenas nos punhos das armas é observável em armamento de
cronologia mais antiga, tanto nos punhais de Hallstatt, como em espadas da
Aquitânia, ambas regiões centro-europeias. Estas antenas terão evoluído para diferentes
formas; esféricas, semiesféricas e atrofiadas.
Das
particularidades deste tipo de arma, a decoração oferece importante distinção.
Presente no punho em alguns casos na guarda, nas antenas e também na bainha, é
composta por linhas verticais e horizontais, linhas onduladas, linhas entrelaçadas,
duplas espirais e círculos concêntricos. Estas são damasquinadas com fio de
prata e, em alguns casos, de cobre.
A existência de
espadas e punhais de antenas permite sustentar a presença de senhores da
guerra, indivíduos que possuíam importante armamento, podendo corresponder a
mercenários, celtiberos ou iberos, que ali se estabeleceram, ou a elites indígenas
que dado o seu estatuto social possuíam espadas decoradas, resultante de produção
local ou de transacções comerciais de origens distintas.
Os dados
apresentados evidenciam fonte comum de origens clássicas e célticas, que, não
obstante, podem ter chegado à Meseta, como a Alcácer do Sal, por via de difusão
continental ou ibérica, demonstrando que as influências culturais não ficaram confinadas
a uma única realidade cultural.
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