Tipo de Sítio – Povoado Fortificado
Cronologia – Idade do Bronze, Idade do Ferro, Romano, Idade Média
Localização – freguesia de Vila Chã, concelho de Esposende.
Acessos – 41° 33′ 22″ N, 8° 45′ 40″ W
Na Cidade de Esposende, existem um conjunto de indicações para o Castro de São Lourenço, acesso relativamente fácil, visita gratuita.
Bibliografia - ALMEIDA, Carlos A. Brochado e CUNHA, Rui M. Cavalheiro da, O Castro de S. Lourenço. Vila Chã–Esposende, Ed. Câmara Municipal de Esposende, Esposende, 1999 ALMEIDA, Carlos A. Brochado de,O castro de São Lourenço Vila Chã (Esposende), Actas da Conferência Internacional do Seminário Cultura castrexa: accións e estratexias para o seu aproveitamento socio-cultural, Ed. Xunta de Galicia, 2006. p. 67-99 BETTENCOURT, Ana, et alii, O povoamento do Calcolítico do alvéolo de Vila Chã, Esposende (Norte de Portugal) Notas a propósito das escavações arqueológicas de Bitarandos, rev. Portugália, ed. Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (DCTP-FLUP), Porto, Nova Série, vol. XXIV, 2003. p 35
Breve descrição do povoado
No séc. II a.C. e I d.C. foram construídas uma série de casas redondas, cobertas com palha e outros elementos vegetais e que viriam a ser destruídas por um grande incêndio, facto que haveria de conduzir a uma grande remodelação em toda a aldeia com a construção de novas casas, dispostas em patamares sabiamente arquitectados, sustentados por poderosos muros de suporte, por sítios onde o terreno se apresentava mais declivoso. Foi também por esta altura que foram introduzidos acrescentos à tradicional área coberta das casas com os vestíbulos ou "caranguejos" – assim designados por lembrarem os crustáceos – e alguns empedrados, verdadeiros espaços de circulação que pretendiam ordenar uma anárquica distribuição dos antigos modelos habitacionais, numa disposição mais organizada e de acordo com os princípios da ortogonalidade do urbanismo romano.
Dessa altura é a distribuição das casas por núcleos familiares, organizados em redor de um pequeno espaço lageado e contornado por muros que poderão, nas zonas em declive, funcionar também como muros de suporte. Os núcleos familiares comportavam três ou mais estruturas cobertas e a entrada far-se-ia a partir dos arruamentos, dificilmente rectilíneos, devido aos condicinalismos topográficos e à anterior existência de estruturas que não puderam ser desmanteladas na altura em que o castro foi sujeito a uma grande remodelação. O ponto central de cada núcleo era o espaço lageado para o qual se abriam as portas de diversas construções, fossem elas habitação, arrumos, currais ou celeiros. O lageamento facilitava a circulação, dificultava a inflitração de água nos alicerces das casas e permitia que funcionasse como eira na secagem de frutos e cereais.
- Almeida, Carlos A. Brochado de; Cunha, Rui M. Cavalheiro da - "O Castro de S. Lourenço Vila Chã - Esposende", Esposende, Câmara Municipal de Esposende. Serviços de Arqueologia, 1997.
O material arqueológico exumado nas diversas intervenções arqueológicas ocorridas encontra-se sob a guarda dos Serviços de Arqueologia da Câmara Municipal de Esposende, estando o mais significativo exposto no Museu Municipal de Esposende.
Fragmentos de cerâmicas indígenas com estampilhados, cerâmicas romanas, de produção local e importadas, terra sigillata , fragmentos de vidros, moedas com diferentes cronologias e ânforas.
Vários objectos em bronze e ferro (pontas de lança, foices, facas, badalos, etc) usados nas diversas actividades, assim como fíbulas (fivelas) e alfinetes (Actus) de cabelo.
Alguns destes objectos podem ser observados no
Museu Municipal de Esposende.
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